Ter conhecido aquele pedaço de Angola foi uma experiência fascinante. Uma descoberta de mundo, a abertura de um horizonte e a mudança de muitas percepções. Talvez a mais importante de todas seja reconhecer que há igualdade entre nações, mesmo que separadas pela imensidão desse oceano.
É bom reconhecer familiariadades - de fauna, de idioma, na forma de ver as coisas. Temos todos os resquícios de colonizados (nós, por menos tempo que eles) pelo mesmo colonizador-predador português, mau gerenciador de domínios. Mas como nós carregamos o peso do roubo a que fomos sujeitos por 200 anos, Angola também vai se recuperando das perdas de 500.
Ver Luanda em construção, erguendo-se em muitos sentidos e de forma clara, foi um privilégio. Encheu os meus olhos reconhecer a pobreza familiar, as diferenças que o dinheiro compra, a ineficiência do Estado - ver o desejo daquele lugar de se reconhecer enquanto nação. Há ali planos de ufanismo, necessários, indispensáveis, que se plantam.
No mais, peço perdão por não conseguir ser mais clara com palavras. Espero ter podido reportar, como minha profissão exige, todas as coisas que fui capaz de ver e sentir nos dias em que passei em Luanda. Passaria mais, para rever detalhes e descobrir mais.
Abaixo, a matéria que escrevi para a Folha de Pernambuco. Poderia ter feito melhor, Luanda superou todas as expectativas, por todos os detalhes. Agradeço à minha chefe, Lorena Ferrário (@lorenaferrario), por ter me ajudado a conseguir as férias de última hora, e ao editor de Turismo, Thiago Soares (@thikos) pelo espaço enorme. E a painho, que me deu esse presente inesquecível.
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